segunda-feira, 5 de março de 2007

Diário de um viajante

“Vi caras por todo o mundo. Vi pessoas de diferentes etnias, idades e feitios. Vi gente lutar, outras a defender e outras a tentar sobreviver. Vi gente viciada. Vi nações sem pés nem cabeça. Vi prédios altos e casas de barro. Vi portas de vidro e outras de palha. Vi um país onde mal se via o sol de tanta poluição. Vi outro onde o Sol brilhava tanto que parecia ser sempre assim. Vi desertos de gente e outros de areia. Vi ladrões, traficantes e aldrabões. Vi gente inculta e outra sem instrução qualquer. Vi crianças obesas e outras a morrer a fome. Vi políticos corruptos e outros idealistas. Vi mães alcoólicas e outras cuidadosas. Vi países apelidados de Terceiro Mundo. Vi outros considerados os donos do mundo.
Mas em todos, vi o mesmo. A felicidade, e o esforço para sobreviver. Mesmo em campos de guerra, todos faziam por sobreviver. Mesmo num dia atarefado na empresa, o empregado fazia tudo para chegar a hora de saída. Mesmo num dia cheio de testes, um estudante continuava a estudar para tirar boas notas. Mesmo hospital cheio de gente qualificada, doentes morriam sem cura. Mesmo numa rua policiada, pessoas assaltavam outras sem escrúpulos. Mesmo numa aldeia remota onde a água se encontra a quilómetros de distância, crianças percorriam o caminho sem discutir para matarem a sede.
Vi de tudo, e ao voltar ao meu País, só pude concluir uma coisa: Onde estão os Países Civilizados? Onde estão os verdadeiros Países de Terceiro Mundo? Onde está a esperança num futuro melhor?”

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