sábado, 9 de junho de 2007

Para sempre único

É sem pudor ou vergonha que admito, vou ser feliz. Já fui mais ligado a ideologias. Já dei comigo a massacrar-me sem sentido. A bater em mim mesmo. Já dei comigo a fazer coisas patéticas e estúpidas. Todas elas por mim mesmo. Não culpo nada pelo que fiz.
Todos nós fazemos o que fazemos. Todos nós criamos e improvisamos. De todas as decisões que tomei, umas dispenso alguma vez ter cometido. Outras dou graças por as ter tomado. Gostava contudo de admitir algo, por toda a minha vida, tive medo. Desprezo o medo. Desprezo a ideia de temer algo. De ser ignorante ao ponto de não me prevenir ou de não entender que tudo está bem. Hoje, ao conversar com o meu irmão, este disse algo que me impressionou:
“Escrevo para talvez um dia ganhar dinheiro.”
A conversa alargou e o que saiu da conversa foi que a escrita que o meu irmão escreve, tanto ou mais que eu, é para um dia ter dinheiro á custa disso. O que me entristece um pouco. Talvez pelo facto de eu ser mais novo. Mais “criança”, a minha opinião difere da do meu irmão. Escrevo, porque desejo um dia conseguir mudar alguém, tocar alguém com a minha escrita, ajudar alguém a crescer e encontrar-se a sim mesmo. Gostava mesmo de algum dia, conseguir completar este meu sonho. E contudo, não posso dizer que escrevo para um dia ter dinheiro. Sem dúvida que tenho largos projectos. Grandes obras a completar e talvez um dia, se me for dada a oportunidade, ás desejo publicar.
E este pequeno aparte, fez me concluir algo, ainda tenho muito para crescer. Muito para fazer. Talvez não o consiga fazer. A vida é limitada, e o seu fim é inesperado e impossível de saber. Mas se me for dada a oportunidade, desejo um dia crescer. Desejo um dia completar a minha lista de “coisas a fazer antes de morrer”. Se poder, desejo um dia fazer todo o que sempre quis fazer. Se conseguir, espero continuar a divertir-me e a evoluir, dia após dia. Não vou, no entanto, corrigir os erros que cometi. Acho que o passado não é para se mudar ou remediar. Um dia, sem excepção, vou abençoar tudo o que fiz. O bem e o mal. A vida que temos deve-se a tudo o que fizemos. Seria errado odiar tudo o que fiz de errado. Ser péssimo louvar tudo o que fiz de certo.
A vida é como é, e é limitada. Hoje, hoje que estou mais velho, mais temporal, agradeço a tudo o que tenho e a tudo o que fiz. Obrigado.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Filme Memorável - Highlander



(Nota pessoal: Um filme que me tocou quando era mais novo. E ainda hoje é um dos meus filmes preferidos.)

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Frases Perdidas na Minha Mente

Deus é gay. 5-5-2007

Jesus ate pode ser eterno, mas provavelmente nunca mandou uma foda, ou teve o prazer de uma vida simples. 5-11-2007

Se a estupidez matasse, não estarias a ler isto. Agradece a Deus meu idiota! 5-12-2007

Se todos tivessem asas, todos gostariam de andar a pé. 5-13-2007

A mentira e uma doença terminal, por muito que lutemos, o fim vai chegar, mais tarde ou mais cedo. 5-14-2007

E quando tudo corre mal, que venha dai o suicídio. 5-15-2007

E tantos anseiam pelas ferias, as ferias sem nada para fazer ou alguém para foder. 5-16-2007

Certas pessoas são passado. 5-18-2007

Não vale a pena manter amizades que nos atrasam na caminhada para lado nenhum. 5-18-2007

Pequenas coisas da vida, fazem-nos felizes, alegres e patéticos seres vivos. Que venham dai esses dias chuvosos e essas tardes de melancolia para alegrar a nossa vida. 5-19-2007

Manhas de sono, tardes a cheirar ganza e noites a comer pó. 5-19-2007

Se a liberdade viesse em bebida, ela seria álcool. 5-20-2007

A alma é como um copo de água. Por vezes cheio outras vezes vazio. Se a minha alma fosse um copo de água, ele estaria vazio. 5-22-2007

O azul é a cor da tristeza. Deus que está no céu, estará ele infeliz? 5-22-2007

Os mandamentos de Deus não se aplicam a todos. 5-23-2007

Somos todos uns doentes mentais á espera que nos dêem comprimidos para nos curar. 5-24-2007

A ausência e a pouca duração, são as únicas qualidades do sofrimento. 5-25-2007

Suspiramos porque ainda acreditamos. 5-26-2007

Se a liberdade fosse uma pessoa, esta já estaria na prisão. 5-27-2007

O mundo é redondo, por muito que andemos voltamos sempre ao ponto de origem. 5-28-2007

A mãe natureza é egoísta. Nós também. 5-28-2007

Perdoa-me Deus, porque eu pequei. Tive pensamentos impuros sobre quem és. Por segundos julguei que eras humano e tinhas alguma compaixão. Perdoa-me. 5-29-2007

Quando somos novos, perdoam-nos porque ainda não sabemos. Quando somos velhos culpam-nos porque já sabemos. 5-30-2007

Quem somos nós para julgar os doentes mentais? 5-30-2007

Deus deve ter um ego gigante. Que outra razão deverá a criação da raça humana ter? 5-30-2007

O sexo move a humanidade. Quem move o sexo? 5-31-2007

Esperar pelo ser perfeito é admitir a nossa imperfeição. 6-1-2007

As prostitutas são o recurso de uma vida sem fantasia. 6-1-2007

O poder de persuasão é a melhor maneira de conseguir o que naturalmente não teríamos direito. 6-1-2007

Não aceitar a realidade, não é ser fraco, é ser-se apenas teimoso. 6-2-2007

A dura verdade, é sempre preferível á doce mentira. 6-3-2007

A loucura provém da consciência da nossa inconsciência. 6-3-2007

A alma é como a música, não toca a todos, mas seria impossível viver sem ela. 6-4-2007

Deus, se não falo contigo, é porque realmente encontrei pessoas mais interessantes que tu. Espero que não leves a peito esta minha traição. 6-5-2007

Os vícios são lixados. Sou um viciado, fodasse! 6-6-2007

Estou grato por todos os belos momentos que passámos. Agora, ajuda-me a limpar as cicatrizes que deixaste. 6-7-2007

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Gravidade para que te quero

Prendes me á terra. Todos te têm constantemente. Os cientistas chamam te de gravidade. E contudo, acho que não é a gravidade que nos prende na terra. Pelo menos a mim. São certas coisas. Certas pessoas. Certas esperanças. Todas elas razoes para nos prendermos á Terra. Gravidade? Sem dúvida, mas se quero ser verdadeiro, digo-o sem problemas, o que me prende a esta Terra, não é uma lei científica, mas a esperança.
Mas de esperanças, já estamos nós todos cheios. Esperanças de uma vida melhor, de um carro melhor, dum emprego melhor e duma saúde estável. E contudo, nem aqui me aplico ao estereótipo comum. Estou com esperanças, estou sim, mas nenhuma dessas. Estou com esperanças na confiança. Numa vida onde confiar uns nos outros é normal, comum e revigorante. Estou com esperanças numa sociedade mais justa, alargada e serena.
Mas sinto-me infeliz. Não sei se foi culpa minha ou não, mas tornei-me um viciado. Independentemente do momento, lugar ou condição, eu estou sempre viciado. Talvez esteja viciado em algo inofensivo. Ou algo mortal. A verdade é que esquecendo o que quer que possa acontecer, eu preciso desse vício. Preciso dessa coisa que me vai acalmar, indirectamente e mesmo sem eu saber que esta o faz. Preciso desse hábito suicida e constante. Preciso de saber que posso recorrer a ele, a qualquer momento.
O problema deste meu vício é que o aplico a objectos. Substâncias. Pessoas. E destes três, o seu uso abusado acaba por os estragar, mesmo até sufocar. Os objectos quer sejam autênticos ou apenas virtuais, perdem a sua cor e o seu brilho inicial. As substâncias passam pelo sangue tanto que até o próprio cheiro me enjoa e sufoca. E as pessoas, essas afastam-se de medo, tanta é a responsabilidade sobre eles, já que carregam a tua pessoa. A tua alma. Quem tu és.
A gravidade existe. Apenas a minha gravidade varia. Hoje é cafeína. Quem sabe amanha é cocaína. Ou talvez nunca o seja. Talvez apenas tenha dito cocaína porque rima com cafeína. A verdade é que me assusto a mim mesmo. Tenho de parar de me viciar em tudo. Tenho de parar. Os vícios que já tive davam uma lista. E com cada item, estariam as longas horas de prazer. Os abusos e usos contínuos. Tenho de parar. Parar agora que é cedo. Parar com os vícios!
E já estou a precisar de um vício novo. Como cheguei a isto?

terça-feira, 5 de junho de 2007

Poetry that does not rhyme: Enough of games

That is enough.
No more games to entertain your mind.
No more lies to lighten up your smile.
No more false feelings and false conversations.
Is it enough?
Do you think we’re ready to say stop?
I believe that you enjoy this.
It’s the only logical answer.
You enjoy having someone like me to speak with you.
You like the idea that someone actually cares about you.
You like to think that you’re not alone.
And yet you are.
I hope now, when you get home and watch your favourite mirror you think of me.
I hope that each day, you remember how close we were.
How our friendship was delightful.
I can only hope now, that my absence make you suffer.
That the fact that I’m away, makes you feel like a worthless crap.
In my soul, I wish you feel jealous of all the other girls.
I wish you that you cry.
I wish that you punish yourself for judging me wrong.
I wish that when I’m away, you feel sick and alone.
Because one thing for sure, I was yours and you didn’t care.
Goodbye then and I wish that you make a troubled journey back to another man’s arms.
Another guy to use.
Another person to abuse.
Another soul to improve.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Diário da traição

“Se eu fosse quem era antes, já estarias no alvo da minha mente. Gente como tu mete-te nojo. Traem-me a confiança. Enojam o vínculo que os une com os seus amigos. E contudo, nada os impede de o fazerem: de traírem os seus amigos. Seríamos nós mesmos amigos? Gosto de pensar que sim. Que éramos amigos até tu me enganares. Será que tu sabias? Será que no momento em que tentavas destruir a minha imagem, será que te lembraste de mim? Será que pensaste:
“O que estou eu a fazer? Estou a trair um amigo meu. Estou a dizer mal nas suas costas. Estou a lixar a sua imagem.”
Pergunto-me, o que terás tu ganho. Será que alguém te pagou? Alguém te forçou a dizeres o que disseste? A fazeres o que fizeste? Uma coisa é verdade. Nada me escapa. E a tua traição. Bem, abalou por completo o que havia entre nós. Gosto de pensar, que entre amigos, existe uma espécie de protecção. Algo invisível e intemporal. Algo que nos une. Para o bem e para o mal. E agora, agora sinto que não existe nada. Que o mal que fizeste, arruinou esse pacto mutuo. Essa reciprocidade.
Se eu fosse, quem era á um ano, acredita que já estarias a ouvir de mim. Já estarias a pedir desculpa. A admitir o teu erro. Mas mudei. Amadureci. Agora, não me interessa o confronto. Que te preocupa se te confrontar? Não terei qualquer certeza que voltes a repetir. Apenas irás ouvir, dizer o que eu quero que digas. E ires-te embora.
E mais uma vez, passarás impune ás minhas palavras. Não te irei magoar. Mas não. Isso era o que eu fazia antes. Antes de aprender o insucesso de tais atitudes. Agora. Agora prepara-te. Vou mexer com a cabeça. Fazer-te remoer de perguntas. Fazer-te olhar para mim e sentir remorsos. Fazer-te desprezar quem tu és, pelo que me fizeste. Espero que doa. Espero que doa tanto quanto doeu a tua traição á minha pessoa. Espero que sofras.
Ah, a traição dói.
E o prazer que vai surgir da tua traição, será apenas para um de nós: Eu.
E a dor que vai surgir da tua traição, será apenas para um de nós: Tu.”

domingo, 3 de junho de 2007

Música para ouvir: Low - Over the Ocean



over the ocean

i'm over the ocean
over the hills, over the dell
over the fireline
over the sand, over the plan
over the empire
and if I belong, then I'll be longer than expected
and if I'm wrong, the mighty and strong will be rejected

over the ocean

(Nota pessoal: Uma música de deixar tocar e voar por aí. Sem problemas ou hora de entrada. Sem chatices ou preocupações, apenas por aí, a voar.)