sábado, 17 de março de 2007

Labirinto de mundo sem fim

Para conseguir sair falaste de um labirinto prisioneiro. Para conseguir surpreender o mundo falaste-me de um labirinto inventado. Crias-te uma filosofia barata para quem te quisesse ouvir.
E no fundo, não criamos todos filosofias? Teorias, ideias, tudo para justificar que temos razão. Argumentamos e refutamos quem nos contradiz. Levamos a criatividade ao extremo e numa discussão urbana comentamos tudo e todos só para termos razão.
Começo-me a perguntar, porque queremos nos ter sempre razão? Porque queremos nos ser sempre os últimos a falar? Os últimos a causarem uma boa impressão? Os últimos a sobreviverem?
Acho que no fundo, a vida resume se a isso, a quem está em cima no último segundo. Se o amanhã não existisse, e todo o mundo o soubesse, aposto que todas as pseudo celebridades apareceriam na Tv. Que todos os artistas urbanos pintavam as paredes deste meu labirinto pouco convencional. Que todos os pobres iriam a lugares de ricos. E que todos os ricos passariam um dia de pobres.
Porque no fundo, se o mundo acabasse, e tivéssemos de explicar a alguém como enfrentar essa realidade, cada um de nos criava a sua filosofia barata. A sua justificação de vida realizada. Os seus pensamentos rápidos e incorrectos. E justificava que a sua vida teve sentido, com a primeira coisa que lhe fosse parar á cabeça. Mesmo que esta fosse idiota e estúpida. E contudo, não é preciso o fim do mundo para isso acontecer.

1 comentário:

Teresa disse...

"Talvez amanhã seja fim de semana no labirinto ..." :)