sábado, 10 de março de 2007

Comida variada para todos os gostos

Não será interessante pensar, no porquê de tantas comidas? Serão as comidas por todo o mundo, apenas um reflexo das várias culturas? Ou uma repercussão da nossa evolução? Porque, verdade seja dita, temos demasiado tempo pela frente, e a comida é e sempre será um dos grandes prazeres da vida. Portanto, é com uma certa pena que digo a minha greve de fome. Não, realmente não estou de greve de fome. De momento, estou mesmo a comer algo com um nome de “Snacky Cracky: Mini Bake Crisps – Sesame”. Mas começo-me a irritar com a comida variada por todo o globo. Principalmente a que mais lido, a chamada comida rápida. Não é frustrante saber que a humanidade produz mais alimentação do que a necessária para alimentar toda a população mundial, e contudo milhares morrem a fome. É uma negra realidade. Com tanta comida, e estamos nos preocupados com os obesos. Não seria mais inteligente, antes de lhes impormos dietas burras e regimes impossíveis, sobre a humanidade, e de comer apenas o necessário, e de praticar desporto, e de… Que raio! Não estaremos nós a educar mal as crianças “obesas”? Ou mesmo as que não o são mas para lá caminhão? Não seria inteligente fazermos algo? Não. Preferimos publicar que Portugal é um país de preocupação não só de obesidade, mas de outros factores também. Acho mal.
Pela greve não minha, mas de todos, comam menos porcarias, e não suportem os fast food.

sexta-feira, 9 de março de 2007

Filme memorável - Gladiador





(Nota pessoal: Da minha eterna fase de filmes de guerra)

quinta-feira, 8 de março de 2007

História por acabar: O dia que me marcou como o “Rápido”

Se acredito que me irei esquecer de recordações, pelo menos que não esqueça esta! Lembro-me agora deste ano, do outro e do outro, mas sei que daqui a vinte anos, provavelmente esquecerei me de tudo. É pena, porque adorava não esquecer o beijo que recebi daquela rapariga, o susto que preguei aquele amigo, o segredo que deixou de o ser. São momentos, sensações que o tempo acaba por matar lentamente, tirando-os das nossas recordações, nossas paixões, nossos amores. Não somos como computadores que podem guardar recordações em CDs ou disquetes. Apesar de tudo podemos imortaliza-los em escritos, pequenas histórias de folha e meio num portfólio de Português. Agradecendo este convite, escrevo assim uma recordação que para mim será uma das mais grandiosas a manter na minha mente. (Confesso que não me lembrava de todos os acontecimentos desta história e que acabei por ir ver ao diário que escrevia quando era criança, mas que infelizmente parei, alegando não ter tempo.)

Um dia, um dia de verão ou primavera, algo que não é muito relevante para a narração desta história, acontece que estava um calor infernal e não tínhamos aulas a tarde. Tinha eu uns nove anos, e pelo que me dizem era um rapaz muito agitado, simpático e bonito, (coisas que continuo a ser, exceptuando o bonito que perdi aos meus treze anos, possível idade em que as hormonas entraram em acção). Lembro-me que sorria muito, (talvez isso explique a razão de hoje ter um sorriso bonito), sei que gostava de andar pelo recreio e que não gostava das aulas nem da professora. A verdade é que eu era um pouco diferente, não gostava de jogar futebol, e não tinha muitos amigos. Apesar de tudo os que tinha eram me muito chegados, e os que julgava não ter apreciavam a minha companhia. Não me lembro de fazer grandes “maluqueiras”, e que as minhas festas de anos eram muito curtas mas sempre engraçadas. Apesar de tudo o que mais me mudou foi a famosa tarde sem aulas.
Era, como já disse uma quente tarde. Por uma razão que ainda desconheço ambas as turmas do quarto ano não tinham aulas, a “A” e a “B”, sendo eu da “B”, (ainda me recordo das brincadeiras que fazíamos das duas siglas, nós dizíamos que a turma A era de anormais, e os da A diziam que a B era de burros). Acontece que, todos no recreio, dirigimo-nos instintivamente para o campo de futebol. Apesar de não gostar de estar no campo fui, relutante sobre o que se iria fazer. Esperando claro, que não fosse futebol! Por sorte, não havia bola. Sem bola e com 1 km2 a nossa frente alguém, (juro que não eu!) lembrou-se de jogar, um dos jogos mais mirabolantes de sempre. “Quem tem medo do preto?” Supondo que o leitor não conhece este jogo, vou fazer uma breve explicação:

Bom, o nome deste jogo é “Quem tem medo do preto?”, (devido a questões racistas e morais, o nome foi mudado para leão, e assim esquecendo as origens das quais aprendi este jogo usarei o nome de leão). É necessário um lugar plano, um campo de futebol é adequado. Ora o objectivo do jogo é simplesmente correr de uma baliza para a outra. Acontece que, uma pessoa, escolhida ao acaso é posta no meio do campo. Este grita: “Quem tem medo do leão?” e a resposta segue-se “Ninguém!”. Assim as pessoas que aguardam de um lado do campo para correr para outro, (não importa o número mas quantos mais melhores). O leão, aquele que está no meio do campo, tenta, sozinho apanhar aqueles que correm para o outro lado. Quando todos chegam ao outro lado, acaba a primeira ronda. Aqueles que forem apanhados, passam a ficar com o leão. O jogo segue-se e acaba quando só houver uma pessoa que ainda não faz parte da equipa do leão. Esse será declarado o vencedor.
Jogo simples, que me apaixonei em criança, e que acabou por me dar o “cognome” de rápido.
Ora, acontece que foi decidido jogar esse jogo. Éramos cerca de sessenta pessoas, o que dava logo uma ideia que aquele seria um dos melhores jogos de sempre. O jogo começou, uma pessoa no meio a apanhar, e nós a fugir dele. Lentamente um a um todos começaram a ser apanhados. Primeiro os mais lentos depois os mais rápidos. Só restavam três. Sendo eu um deles! Olhei para os lados, no direito vi um dos rapazes mais altos de sempre, (rapaz esse que nunca mais vi na minha vida) e do outro um rapaz baixo de nome…Duarte penso eu. O Duarte vai a correr, passa por um, passa por outro, é apanhado. O rapaz alto olha para mim e diz: “Boa sorte!” e vai a correr mas é logo apanhado. Cabe me a mim, agora perante umas cinquenta pessoas, passar por elas e marcar o meu lugar no que julgo ser a história daquele jogo.
Comecei a rondar a linha do campo de futebol de lado a outro vendo a melhor zona para passar. Mas apesar de o campo ser tão extenso, (pelo menos para a altura pois ainda a pouco foi visitar a escola e pareceu-me um campo pequeníssimo) este estava coberto de pessoas “estoiradas” com uma vontade de me apanharem. Tinha de iniciar a corrida e assim fiz. A correr a uma velocidade extraordinária passei pelo campo todo e via agora o fim da corrida. Mas esperando por mim encontrava-se um dos rapazes mais rápidos de sempre. O Vasco Veríssimo, grande amigo de infância meu. Já ambos havíamos competido varias vezes e eu sabia que o Vasco era superior a mim e que sem dúvida eu iria perder. Mas não podia desistir. Avancei esperançoso para o fim. Já atrás de mim Vasco corria a uma velocidade enorme. Cinco metros, quatro metros, três metros, (ainda nem acredito os nervos que teria na altura!) dois metros, um metro, estava feito ia ser apanhado, mas...um buraco, um mísero buraco mudou-me o destino. O Vasco concentrado em mim não viu, um pequeno buraco no chão e acabou por tropeçar, e eu agora a frente do fim ganhei! Só me lembro de olhares sobre mim e eu mais que estoirado a olhar sobre eles. Alguém, que penso que não sabia o meu nome, chamou-me “O Rápido”. Eventualmente o tempo passou, e todos se esqueceram daquele momento, só ficou uma recordação, o nome de Rápido.
“O Rápido”, que é o que ainda hoje os meus amigos chegados dizem quando me vem.
Para mim esse dia marcou-me a ferro a fogo, e mudei. Espero nunca esquecer esta e outras recordações, mas como José Gomes Ferreira diz “Para quem viver não é recordar...”.

quarta-feira, 7 de março de 2007

Vencidos da Vida

Inútil para o mundo, viramos uns vencidos da vida. Vale-nos o Eça de Queirós para nos abrir os olhos. Entro portanto na fase do: Que se lixe.
Cumprimentos para quem lá estará, e olá para quem lá está.

terça-feira, 6 de março de 2007

Poetry that does not rhyme: Rain falls everywhere

Rain is falling down my house.
It hits every single piece of my window.
Inside the cold room I wait alone.
Am I waiting?
For what should I be waiting?
Is there a secret surprise I didn’t know?
Is there any change that would enlighten my soul?
None.
Nothing.
Life goes on.
Our hope keeps the same.
And keep on going, waiting.
Rain keeps on falling in my window.
People run one side to another to get away.
Away from the water that hits everything.
Running, to get on time to their houses.
To get hooked again, on TV shows.
To get their hands on their wives.
And smile because the day is over.
And another one is coming.
And another one.
And another.
Another.
Till we die someday, without knowing what hit us.

segunda-feira, 5 de março de 2007

Diário de um viajante

“Vi caras por todo o mundo. Vi pessoas de diferentes etnias, idades e feitios. Vi gente lutar, outras a defender e outras a tentar sobreviver. Vi gente viciada. Vi nações sem pés nem cabeça. Vi prédios altos e casas de barro. Vi portas de vidro e outras de palha. Vi um país onde mal se via o sol de tanta poluição. Vi outro onde o Sol brilhava tanto que parecia ser sempre assim. Vi desertos de gente e outros de areia. Vi ladrões, traficantes e aldrabões. Vi gente inculta e outra sem instrução qualquer. Vi crianças obesas e outras a morrer a fome. Vi políticos corruptos e outros idealistas. Vi mães alcoólicas e outras cuidadosas. Vi países apelidados de Terceiro Mundo. Vi outros considerados os donos do mundo.
Mas em todos, vi o mesmo. A felicidade, e o esforço para sobreviver. Mesmo em campos de guerra, todos faziam por sobreviver. Mesmo num dia atarefado na empresa, o empregado fazia tudo para chegar a hora de saída. Mesmo num dia cheio de testes, um estudante continuava a estudar para tirar boas notas. Mesmo hospital cheio de gente qualificada, doentes morriam sem cura. Mesmo numa rua policiada, pessoas assaltavam outras sem escrúpulos. Mesmo numa aldeia remota onde a água se encontra a quilómetros de distância, crianças percorriam o caminho sem discutir para matarem a sede.
Vi de tudo, e ao voltar ao meu País, só pude concluir uma coisa: Onde estão os Países Civilizados? Onde estão os verdadeiros Países de Terceiro Mundo? Onde está a esperança num futuro melhor?”

domingo, 4 de março de 2007

Música para ouvir: Múm - Green Grass of Tunnel



Down from my... ceiling
Drips great noise.
It drips on my head through a hole in the roof.

Behind these two hills heeere...
There's a pool.

And when I'm swimming in
through a tunnel....
I shut my eyes.

Inside their cabin I make sounds
In through the tubes I send this noise.

Behind these two hills heeere...
fall asleep.
And when I flood in green grass of tunnel...
It floods back.

Down from my... ceiling
drips great noise.

It drips on my head through a hole in the roof.

Behind these two hills heeere..
there's a pool.
And when I'm swimming in
through a tunnel....
I shut my eyes.

(Nota pessoal: A música faz lembrar as músicas da banda Sigur Ros, com o seu som fantástico que acalma qualquer um, e uma letra estranha e enigmática. Optei antes por pôr esta banda que descobri recentemente pela sua letra ser em inglês e ser tão ou melhor que as músicas de Sigur Ros.)