quinta-feira, 24 de maio de 2007

Textos por acabar: Contra a morte

Corria o mais rápido possível. Mal soube da notícia já partia a toda a velocidade. A caçada estava terminada. Não posso acreditar que ela pode morrer. Não, não e possível. Porque vieram os caminhantes do Paraíso busca-la agora? Estou farto de os ver a levaram quem mais amo, sem pedirem ou avisarem. Não os vou deixar levarem a única pessoa que amo. Está combinado. Lutarei para a manter viva, nem que tenha de enfrentar os exércitos do Céu! Ela não vai morrer.
Já estou perto. Sinto-o o no ar que respiro. Sinto nas folhas que saltam a minha volta. Estou cansado. As montadas devem estar aqui próximas. Apanho a primeira e parto. Atrás de mim continua o meu protegido? Sim. Vamos. Vamos partir para proteger quem mais amo. Vamos sofrer para impedir que nos controlem. Estou farto de ver morrer quem mais amo. Não desta vez não.

*

Estou a procura-lo a bastante tempo. Tenho que lhe dizer da sua mulher. De quem mais ama. Vai morrer. Os caminhantes vieram. A sua paciência e pouca. Querem leva-la já. Temos de ser rápidos e eficientes. Onde está ele? Estas caçadas na confusão de selva que aqui existe, poderei demorar demasiado tempo até o avistar. Que raio! Onde está ele?
Ali! Alguém. É ele. Rápido. Ela está ferida, tens de vir. Começou a correr. A uma velocidade tremenda. Corre para as montadas. Tento o seguir de perto. Sei que das centenas de pessoas que o conhecem, eu deverei ser dos pouco que o consegue acompanhar. Rápido e rápido para o seguir. Sei o que ele sente. Não o deixaram levar a sua mulher. Lutaremos por ela. Mais uma vez…

(Ps: Uma história que não concluí, mas tinha um conceito interessante por trás: Desafiar a morte)

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