quarta-feira, 4 de julho de 2007

Inspiração para intelectuais

A inspiração provém de tudo. Sempre que escrevo, oriento-me pelo nada. Não tenho ideias. Mas elas surgem. Como se a minha mente estivesse a dizer um ditado, e eu, sou o seu aluno aplicado, que escrevo com cuidado para não cometer erros e acompanhar o orador. E a inspiração voa. Claro que não surge do nada. Não somos deus que cria um universo e uma humanidade sem bases, sem músicas que inspiram, sem livros que contam historias. A todo o momento a inspiração aborda-nos. Quer seja por uma pessoa estranha. Por versos de um poeta. Ou pelo som de uma música. Quando nos inspiramos, criamos.
Será que somos intelectuais, quando criamos? Somos mais que o normal? Nem todos criam. Constantemente a mente faz nos tomar uma série de atitudes, reacções. Mas isso, não é criar, é reagir. Criar, é algo tão diferente. Tão mais pessoal, mais criativo, mais único. Quando criamos somos donos de tudo. Somos intelectuais. Somos acima de qualquer um. Porque somos artistas. Somos poetas inspirados. Heróis da noite e do dia. Somos alguém. Mas criar, não faz de nós alguém melhor.
A fama não é o prémio pela nossa criação. Mas a mudança nas pessoas. Podermos ajudar alguém a crescer, a não cometer os mesmos erros que nós. Isso sim é o verdadeiro intuito da inspiração. Da criação. Pelo menos é assim que o vejo. Crio, a escrever. Escrevo talvez mais para retratar sentimentos. Coisas que vejo. Coisas que sinto. Passo para o papel. E no fim, dá um resultado.
A minha inspiração provém das pessoas. Da vida. Da experiência. Das sensações. Dos sentimentos. Tal como a de todos nós. Não são apenas os inspirados aqueles que escrevem ou pintam. São inspirados aqueles que se impõem. São inspirados aqueles que colocam o bem comum a frente do seu. São inspirados aqueles que tomam uma posição. Que defendem um ideal. Que conversam a olhar nos olhos. Que sabem falar. Que sabem se fazer ouvir. Que são verdadeiros. Influentes. Persuasivos. Únicos. Todos somos únicos, mas apenas alguns de nós admitimos o ser. Porque os outros, acham-se pobres de espírito. Inúteis. Massacrados e maltratados. No fundo, são apenas tolos, pois não admitem que tudo está as suas mãos, basta-lhes agarrar.

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